sexta-feira, junho 09, 2006

Governo apresenta medidas para superar dificuldades a Matemática


A escola do segundo e terceiro ciclos vão ter autonomia para contratar professores de Matemática. A medida será apresentada hoje pela ministra da Educação. A nova lei surge como tentativa de melhorar os resultados à disciplina.
Ao abrigo do novo plano, cada agrupamento de escolas define a sua própria estratégia com autonomia, tendo liberdade para aumentar a carga horária da disciplina, criar equipas de dois professores por turma ou constituir equipas multidisciplinares de docentes para realizar actividades de apoio à Matemática nas áreas não curriculares, como é o caso do estudo acompanhado.
Com o novo plano, os estabelecimentos de ensino poderão adquirir material didáctico ou software específico e melhorar ou criar espaços laboratoriais, tendo como bade o apoio financeiro da tutela.
Para se candidatarem às verbas, as escolas têm de apresentar um plano onde constem os resultados alcançados pelos alunos no ano lectivo anterior, a identificação das causas que influenciaram negativamente as notas e ainda as estratégias de melhoria das aprendizagens, bem como uma estimativa dos custos do projecto.
O plano será avaliado por uma comissão nomeada para o efeito e, caso seja aceite, a escola estabelece um contrato-programa com o Ministério, onde ficam definidas as metas a atingir e os apoios concedidos pela tutela.
Em cada escola haverá, então, um docente nomeado pelo GAVE, Gabinete de Avaliação Educacional, que ficará responsável pelo acompanhamento do projecto.
A Matemática foi e será a maior “dor de cabeça” dos alunos portugueses, cujos resultados são dos mais baixos da União Europeia.


Fontes:
SIC online

Vagas de acesso ao Ensino Superior não aumentam

As Universidades e os Politécnicos concordam com a proposta do Ministério do Ensino Superior de não abrir mais vagas de acesso para o próximo ano lectivo, uma vez que o número de candidatos está a diminuir.
Luciano Almeida, presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, salientou que “nos últimos quatro anos, não houve acréscimo do número de vagas. As pequenas variações que se verificam anualmente resultam das excepções, como vai acontecer este ano com medicina e enfermagem”, cursos que vão registar um aumento de vagas.
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior apresentou um projecto de despacho às Universidades e Politécnicos, que visa o congelamento de acesso das vagas para o ano lectivo de 2006/2007, com excepção para medicina e enfermagem, cursos onde podem abrir mais dez por cento de vagas.
No entanto, Luciano Almeida considera não se tratar de congelamento de vagas, “poque ao ser fixado um número igual ao do ano passado está a ser fixado um número que no ano anterior não foi preenchido”.
Em 2005/2006, cerca de nove mil das 47 mil vagas disponibilizadas pela tutela ficaram por preencher.
“Sendo prevista a diminuição do número de candidatos, não há qualquer problema, porque na realidade o número de vagas é cada vez maior para o número de candidatos, que diminui”, sublinhou o presidente do CCISP.
Luciano Almeida considera também importante “manter os numerus clausus, para impedir a desertificação do interior do país e, assim, manter um equilíbrio”.

Fontes:
SIC online